A atitude é uma disposição mental determinada pela experiência de um sujeito, desencadeada por objetos ou situações (Thill, et al., 1989). Segundo Epuran (1988), a Federação Europeia de Psicologia do Desporto e das Atividades Corporais, considera que a atitude é uma predisposição subjetiva mental e motora, constante, estruturada ao longo do desenvolvimento do indivíduo, através da educação, influências socais, experiências, tendo por base a orientação específica do conhecimento, da afetividade e da vontade do sujeito.
Em termos práticos é a forma como o atleta encara a competição e a sua postura. O atleta não deve entrar para o jogo como derrotado, mas sim transmitir confiança aos seus colegas e treinador, pois a vitória deve ser um objetivo a atingir e não apenas um desejo.
Partington (1988) refere que a atitude competitiva – o desejo de ganhar e empenho do atleta – são alguns dos aspetos mais importantes para o sucesso na competição desportiva. Este autor analisou os pensamentos de atletas ao longo de vários anos e chegou à conclusão de que existe um grupo de atitudes que caracterizam os atletas de sucesso (Partington, 1988). As atitudes não são mais do que padrões de pensamentos que podem fazer a diferença entre um atleta de sucesso e um atleta de insucesso (Partington, 1988). O atleta, deve ver uma competição como uma situação com um conjunto de problemas a serem resolvidos prontamente (Partington, 1988). A resposta emocional dada a esses problemas pode ser a fonte de sucesso ou insucesso dos próprios atletas (Partington, 1988). Os atletas de sucesso são “pensadores disciplinados”, em que as suas atitudes promovem a energia positiva, como conseguem canalizá-la na direção pretendida (Partington, 1988).
A atitude competitiva é muitas vezes relacionada com a agressividade. No entanto, esta agressividade está enquadrada numa perspetiva positivista, em que os atletas devem ter atitude para prosseguir nos seus objetivos (Carvalho & Vasconcelos-Raposo, 1998; Silva & Vasconcelos-Raposo, 2002).
O sucesso é uma fonte de inspiração para os atletas. Contudo, para chegar a ele, é preciso atitude; atitude para começar, conseguir e manter (Carvalho & Vasconcelos-Raposo, 1998).
Uma atitude ganhadora é baseada no compromisso para com a carreira e respetivas responsabilidades sociais e profissionais, estando alicerçada a intenção constante de melhoria individual ao serviço do coletivo (Araújo, 2002 cit. in Lázaro, et al., s.d.).
Neste sentido, a Escola de Afetos fornece aos atletas e clubes desportivos avaliação psicológica, apoio psicológico e intervenção psicológica em grupo.
Texto escrito por Carolina Violas, Psicóloga Clínica, Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde com uma dissertação em Psicologia do Desporto
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