A Depressão
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão ocupa o segundo lugar das doenças mentais mais prevalentes em termos mundiais.
Diversos estudos apontam para uma prevalência média deste quadro clínico, na população em geral, na ordem dos 5%, com uma distribuição por sexos de 3% nos homens e de 6% nas mulheres (Paykel, 1991).
Segundo Vaz - Serra, a “depressão, quando se desenvolve, afeta a pessoa no seu todo. Tem repercussões psicológicas, biológicas e sociais sobre o indivíduo. O deprimido sente-se triste, sem alegria de viver, mostrando-se com frequência aborrecido, irritado, com vontade de chorar, com uma sintonização seletiva para acontecimentos negativos e fraca capacidade de irradiação afetiva. Revela uma intolerância grande à frustração, uma incapacidade de tomar decisões e dificuldade em suportar ruídos”.
Aliado ao humor deprimido, à perda de interesse, desejo ou prazer, há também uma diminuição da autoestima e perda de autoconfiança, acompanhadas por sentimentos de culpa, perda de perspectivas quanto ao futuro, sentimentos de desespero, pensamentos sobre a morte ou ideação suicida, perda da capacidade de concentração, lentificação ou agitação psicomotora, perda de energia ou fadiga, perda do apetite, diminuição da libido e insónia (Helmchen, 1993).
Os sintomas afetivos na depressão mostram-se relevantes, aparecendo na forma de sentimento de desânimo, humor deprimido, sentimento de vazio, apatia ou irritação. Estes sentimentos, estão frequentemente associados à perda de interesse por parte do paciente, em realizar quase todas as atividades, o que interfere a vários níveis (Maia, 1999).
Os sintomas físicos, são observáveis em variadas alterações, nomeadamente, no sono, no desejo sexual, no apetite ou na energia. A energia, é especialmente relevante neste quadro clínico, pois, a sua falta atinge cerca de 98% da população deprimida (Maia, 1999).
Relativamente aos sintomas cognitivos, os pensamentos que surgem com frequência, são de autoculpabilização, de autodesvalorização, de rejeição e de abandono. Estes pacientes também apresentam baixa autoestima, pois têm uma visão negativa sobre si mesmos, que habitualmente está associada à perceção de incapacidade para enfrentar situações ou resolver problemas. Para além desta visão negativa, estes pacientes têm também dificuldades de concentração, o que causa uma sensação de ineficácia na realização de determinadas tarefas (Maia, 1999).
Por fim, os sintomas comportamentais são frequentemente visíveis no isolamento social, apatia ou nas alterações psicomotoras (Maia, 1999).
Frequentemente, a depressão, apresenta comorbilidade com outras doenças e agrava o estado de saúde e o prognóstico das mesmas, aumentando a probabilidade de mortalidade. Esta diminui a qualidade de vida e a produtividade laboral e aumenta o absentismo (Gusmão, Xavier, Heitor, Bento & Almeida, 2005).
Neste sentido, a Escola de Afetos fornece aos seus clientes consultas de Psicologia Clínica para Adultos.
Texto escrito por Carolina Violas, Psicóloga Clínica
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