As dificuldades de aprendizagem específicas são um distúrbio crónico, que os estudiosos referem ser de origem neurológica. Estas dificuldades vão interferir, seletivamente, no desenvolvimento, integração e/ou na manifestação de aptidões verbais e não verbais.
Estes distúrbios específicos de aprendizagem ocorrem em crianças com uma inteligência média a superior, com sistemas sensoriais e motores adequados e com oportunidades de aprendizagem apropriadas. Sendo assim, temos crianças com um Q.I. normal, que apresentam muitas vezes discrepância entre as capacidades verbais e de realização e um défice apenas na leitura, ou na escrita ou no cálculo.
Sendo assim, quais são as dificuldades de aprendizagem específicas?
Estas designam-se por dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia.
A dislexia é uma perturbação que se manifesta na dificuldade em ler, apesar de o ensino ser adequado, a inteligência dentro da média e as oportunidades suficientes.
A disortografia é o conjunto de erros da escrita que vai afetar a palavra, mas não se relaciona com a grafia. É uma dificuldade que a criança tem na associação fonema (som) – grafema (letra).
A disgrafia é uma perturbação que afeta a qualidade da escrita da criança, no que se refere ao traçado ou à grafia.
A discalculia é uma dificuldade na realização de cálculos matemáticos, processamento dos números e na resolução de problemas.
Muitos alunos com dificuldades de aprendizagem específicas apresentam alguns destes sinais: fadiga, atenção instável, desinteresse pelo estudo, baixo rendimento, falta de motivação, leitura lenta e sem ritmo e a escrita afetada.
Neste sentido, a Escola de Afetos fornece aos alunos avaliação psicológica nas dificuldades de aprendizagem, apoio psicopedagógico individual privilegiando o treino das áreas deficitárias (leitura, escrita, cálculo) e formação em dificuldades de aprendizagem específicas para professores, educadores, psicólogos ou outros interessados.
Texto escrito por Carolina Violas, Psicóloga Clínica com especialização em Psicologia Escolar